segunda-feira, 27 de agosto de 2012


3º Encontro de Integração e Socialização com as Famílias do CAEP 

Data: 01 de setembro de 2012 (Sábado)

Horário: Período da Manhã (Início: 08h30min. Término: 11h)

Local: Bosque Central de São José dos Pinhais, ao lado da Usina do Conhecimento, situada na Rua Veríssimo Marques, 299 – Centro.

Observações:
·        Trazer um alimento doce ou salgado para o momento do lanche e confraternização com as famílias.
·        Será realizado o sorteio da Rifa da “Cesta da Beleza”.

A participação de sua família é imprescindível para o sucesso de nosso evento.

Esperamos todos vocês!

Com carinho, equipe de profissionais do CAEP 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mãe, posso dormir COM VOCÊ?

      Crianças adoram ir para a cama dos pais. E muitos pais também fazem questão de ter seus filhotes bem pertinho, seja por comodismo ou solidão. “A  seu favor, o adulto às vezes submete a criança a algo que ela não tem maturidade para decidir”, alerta a pedagoga Danielle Marques Vieira, professora da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

      Assim como ela, a maioria dos especialistas são contra esta prática- chamada cosleeping nos Estados Unidos. “Até os seis meses de vida do bebê, há duas correntes. Uma defende que a presença dos pais no mesmo ambiente acalmaria a criança. Outra, que, mesmo o bebê, já teria condições de dormir no quarto dele”, afirma a psicóloga Ana Paola Lopes Lubi, mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência e professora do Centro Universitário (UnicemP). “A partir dos seis meses, é praticamente unânime que a criança deve dormir em seu quarto”, completa.

      Um dos motivos apontados é o reflexo no futuro: aprender a dormir sozinho na infância é preventivo de distúrbios de sono na vida adulta. Do ponto de vista da Psicologia, torna mais fácil o processo de diferenciação da criança e o início da formação de sua identidade. Ao perceber que dá conta de dormir sozinho – tanto na hora em que vai pra a cama quanto durante a madrugada, quando tem pequenos despertares-, o pequeno cresce em autoconfiança e auto-estima. Ou seja, em segurança. Não quer dizer que uma criança que dorme com os pais seja, necessariamente, insegura. Mas estabelecer o espaço dela é dar-lhe oportunidade para desenvolver segurança e independência.

Ácaros

      Também tem o lado da saúde, pouco lembrado por quem discute o assunto, segundo o pediatra Carlos Eduardo Gubert. “A cama dos pais não é o lugar mais higiênico do mundo”, diz. Ele explica que nossa pele descama, atraindo ácaros, o que pode desencadear crises alérgicas nas crianças suscetíveis. Além disso, há cheiro dos pais, que também pode influenciar no quadro.

    Doenças causadas por vírus e bactérias são outro problema. Uma distância menor que um metro aumenta muito a chance de transmissão. Muitas vezes uma doença que se manifestou com um quadro leve no adulto, na criança pode ser mais complicada.

     E ao dormir na cama dos pais, a criança pode não ter um sono profundo, influenciando até em seu crescimento. “Ela esbarra nos pais, se mexe, fala, às vezes ronca e tosse. Ela pode acordar ou ter o sono mais superficial. Se não passar pelas fases três e quatro do sono, não libera hormônio de crescimento”, diz o médico.

     Aos pais que recorrem à questão do afeto para manter os filhos em suas camas, Gubert tem a resposta na ponta da língua: “Amor e carinho a gente dá para o filho enquanto ele está acordado. Brincando com ele, rolando no chão, ensinando as coisas da vida. Dormindo, ninguém recebe amor e carinho”.
                                                                                                    
Autora: Érika Busani- Erikab@gazetadopovo.com.br


BOA NOITE EM 10 PERGUNTAS

Ensinar os filhos a dormirem em suas camas é uma forma de dar limites?
Sim, assim como os horários. A criança sempre vai tentar ocupar mais espaço. Cabe aos pais demilitá-lo. “Os pais que não conseguem colocar esse limite têm dificuldade em outros momentos também”, diz a pedagoga Danielle Marques Vieira.

Não se deve dormir nunca com os filhos?
Não é preciso ser tão rígido. “Desde que se estabeleça um combinado com a criança, não há problema. De vez em quando pode ser ‘o dia de dormir junto’. Mas nunca deve ser algo corriqueiro”, orienta Danielle.

Como ensinar a criança a dormir?
Como em outros aprendizados, esse não é imediato. Os pais precisam ter paciência e persistência. Mostre que lugar de dormir é no quarto dele, estabeleça um horário e uma rotina-vale contar histórias, ler livros, cantar, rezar. Se for preciso, deite na cama com ele, mas não o leve para a sua. Caso ele acorde de madrugada, leve-o para a cama dele.

Meu filho já dorme comigo. Como faço para que vá para sua cama?
A psicóloga Ana Paola Lopes Lubi sugere a técnica de “aproximações sucessivas”. Comece explicando para a criança que ela já está grandinha e vai dormir em seu próprio quarto. Não fique perguntando se ela quer, você é quem deve passar segurança para ela. Estabeleça quatro ou cinco passos e fique três ou quatro dias em cada. Observe sempre se a criança está segura, mas não alongue demais esse tempo. Primeiro você pode dormir com ela. Depois, em um colchão ao lado da cama. Depois avisa que vai sair assim que ela adormecer. Nas primeiras semanas, ela pode acordar várias vezes , seja persistente, levando sempre a criança para a cama dela. E lembre-se: o passo que você já deu, está estabelecido, procure não voltar atrás.

Quando o pai- ou a mãe- viaja, costumo levar meu filho para dormir comigo. Há algum problema?
Sim, a criança vai associar a viagem à possibilidade de ir para a cama dos pais- coisa que ela adora. E vai acabar desejando que o pai ou a mãe viajem sempre.

Estou separado(a). Posso levar meu filho para dormir comigo?
Não deve. Cada um na família tem seu papel. O filho pode confundir as coisas e achar que está substituindo o pai ou a mãe.

Posso deixar uma luz fraca acesa durante a noite?
Sim. Ou combine com seu filho que vai apagá-la depois que ele adormecer.

Meu filho tem medo de dormir sozinho. Como lidar com isto?
Entre os 4 e 5 anos, é normal as crianças terem medo. Não menospreze o sentimento, ele é real, mas ajude seu filho a vencê-lo dentro do espaço dele (quarto). Se preciso, fique com ele até que adormeça. Se você deixar que ele vá para a sua cama por causa do medo, ele vai acabar usando-o como desculpa para continuar indo. “Sempre dá um certo trabalho levantar e atender a criança, mas educar dá trabalho”, lembra Ana Paola.

Problemas emocionais podem fazer a criança procurar a cama dos pais?
Sim. A separação dos pais, a morte de um ente querido ou outras situações são momentos em que a regra pode ser quebrada. Mas deixe claro que é só por um tempo, no momento em que “todo mundo está precisando ficar mais grudadinho, mas daqui a pouco todo mundo volta para o seu quarto”.

Simplesmente não consigo colocar meu filho na cama dele. O que faço?
Tente descobrir por que seu filho não aceita regras- ele pode estar com problemas em alguma área da vida- ou por que você não consegue dar limites. Se não conseguir, procure a orientação de um especialista.

Serviço: Ana Paola Lopes Lubi (psicóloga), fone (41) 3335-8360
               Carlos Eduardo Gubert (pediatra), fone (41)3243-5554

Fonte: Gazeta do Povo- suplemento Viver Bem- 4 DE NOVEMBRO DE 2007

sexta-feira, 3 de agosto de 2012


AUTISMO

Como lidar com meu filho autista?

Por Claudia Moraes

Comece por você, se reeduque, pois daqui prá frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora! 
Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de músicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

Você irá educar bem seu filho se aprender a conhecer o autismo "dele", pois cada um tem o seu próprio, mesmo que inserido em uma síndrome comum.

Deverá aprender a respeitar o seu tempo, o seu espaço, e reconhecer mesmo com dificuldades que ele tem habilidades, e verá que no fundo elas são tão espetaculares!

Você irá aprender a se derreter por um sorriso, a pular com uma palavra dita, e a desafiar um mundo inteiro quando este lhe diz algum não.

Você começará a ver que com o tempo está adquirindo super-poderes, e que a Mulher-Maravilha ou o Super-Homem, não dariam conta de 10% do que você faz.

Você tem o super poder de estar em vários lugares ao mesmo tempo, afinal, escola, contra-turno, natação, integração sensorial, consultas, fono, pedagoga, ufa... dar conta de tudo isso só se multiplicando e ainda se teletransportando !
Você é a primeira que acorda e última que vai dormir, isso é, quando ele te deixa dormir, e no outro dia tá sempre com um sorriso no rosto ao despertar do teu galã.
Você faz malabarismos e consegue encaixar o salário da família, em tantas contas e coisas que precisa fazer, que só mesmo com super-poderes.
Você nota que seu cérebro é privilegiado, embora você nunca tivesse imaginado que dentro de você haveria um pequeno Enstein, pois desde o diagnóstico de seu filho, você já estudou: neurologia, psiquiatria, pediatria, fonoaudiologia, pedagogia, nutrição, farmácia, homeopatia, terapias alternativas e tantas outras matérias.
Você dá aula de autismo, ouve muitas bobagens em consultórios de bacanas, e ainda ensina muitos deles o que devem fazer ou qual melhor caminho a seguir para que seu filho possa se dar bem.
Ah... e a informática que anteriormente poderia lhe parecer um bicho-de-sete-cabeças ... a partir deste filho, você encarou e domina o cyberespaço como ninguém! São tantas listas de autismos, blogs, facebook, orkut, twitter... ihhh... pesquisa no google então, já virou craque, ninguém encontra nada mais rápido que você !

Uma hora você verá o que essa "reeducação" proporcionou a você, pois hoje você é uma pessoa totalmente diferente do que era antes de ser mãe de um autista.
Nossa como você mudou, hein? E topará com a pergunta que não quer calar: "como devo educar meu filho autista?"
Olhará ao redor, olhará para seu filho e perceberá que ele também está diferente, que ele cresceu, que já não é tão arredio, que as birras já não se repetem tanto, que ele até já te joga beijos! Que aquela criança que chegou solitária na escola, hoje já busca interagir, e já até fez algum amiguinho. Que ele já está aprendendo "jeitinhos" de se virar, e nem te requisita tanto mais. Então, chegará a conclusão que mesmo sem saber responder a tal pergunta, você tá fazendo um bom trabalho e que ninguém no mundo poderia ser melhor mãe/pai que você para esse filho!